"O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia expressa seu profundo protesto diante da decisão do Supremo Tribunal da Rússia em aprovar a decisão sobre a proibição das atividades do Congresso do Povo Tártaro da Crimeia e o seu reconhecimento como uma organização extremista" – diz o texto enviado por Kiev.
A veredito jurídico sobre o caráter extremista do Congresso tártaro na Crimeia foi emitido pelo Supremo Tribunal russo nesta quinta-feira (29).
A mesma decisão havia sido tomada em abril de 2016 pelo Supremo Tribunal da Crimeia. Na ocasião, a iniciativa do processo fora apresentada pela procuradora-geral da Crimeia, Natalia Poklonskaya, em razão do bloqueio energético da península realizado pelos líderes da organização tártara.
Na época, a agência Deutsch Türkische Nachrichten (Notícias dos Turcos Alemães) informou que a União Europeia continuaria a tratar os tártaros da Crimeia, que pertencem ao grupo dos povos turcos, como uma minoria oprimida na Crimeia e usaria o conflito para estragar as relações entre a Rússia e a Turquia. Segundo a edição, a UE usa a política de duplos padrões quanto às minorias étnicas nos seus próprios interesses.
A Crimeia deixou de fazer parte da Ucrânia e foi reintegrada à Rússia em março de 2014, após um referendo no qual 96% dos habitantes da região votaram a favor da mudança. O referendo foi boicotado pelos tártaros.