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Com nova alta no desemprego, Temer diz não ser responsável pela crise

© Beto Barata /PRPresidente Michel Temer
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Após mais uma alta na taxa de desemprego, que subiu para 11,8%, entre junho e agosto, atingindo 12 milhões de pessoa no país, o presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira (30), que a crise não é sua culpa.

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Ao participar de evento em São Paulo, Temer disse para uma plateia de empresários, que recebeu um Brasil em profunda recessão, com crescente desemprego, elevada inflação e poucos investimentos. 

Segundo Michel Temer, o país vive a pior crise de sua história, provocada pelo desequilíbrio das contas do governo de Dilma Rousseff, o que lhe fez herdar uma dívida de R$ 185 milhões.

"Há números que exprimem com clareza a situação crítica que herdamos ao assumir o governo. Vou cansá-los, mas quero registrar alguns dados, para que não digam adiante, daqui a um ou dois meses, que este passivo é nosso. Eu tenho sido cobrado permanentemente do tipo, Temer você precisa dizer como estão as coisas no país, porque daqui a algum tempo vão dizer: você é que criou este problema no país."

Temer ainda destacou que encontrou um país que acumula trimestres consecutivos de queda no PIB chegando uma retração de 7,9% em relação ao primeiro trimestre de 2014. O presidente também citou que entre 2014 e 2015, a inflação crescente, passando de 6% para 10% ao ano. Temer ainda ressaltou que no mesmo período, o investimento caiu 24,6%.

"Por trás desses dados estão homens e mulheres, que pagam um preço inaceitável,chegamos a quase 12 milhões  de desempregados, e reitero que não foi culpa minha."

O presidente voltou a falar sobre a necessidade e a certeza da aprovação da PEC do Teto dos gastos públicos, que segundo ele, é fundamental para evitar uma espiral inflacionária e uma recessão mais profunda no país. "Se a PEC não for aprovada, a dívida bruta poderá chegar a 100% do PIB em 2024 ou mesmo antes.  Não tenho dúvida de que a PEC será aprovada. Nossos parlamentares têm compromisso inequívoco com as prioridades impostas pelo momento que vive o Brasil."

Michel Temer também citou as necessidades da Reforma do Ensino Médio, destacando que os indicadores apontam deficiências graves no modelo atual, e a Reforma da Previdência. Temer explicou que  déficit do Regime Geral da Previdência atingirá 150 bilhões de reais.

Ao falar sobre uma queda de popularidade, por causa das medidas,  presidente disse que já tinha sido avisado que se tornaria impopular, mas disse que isso não o preocupa. "Não estou preocupado com popularidade, estou preocupado com Brasil. Portanto, se eu ficar impopular, mas o Brasil crescer eu me dou por satisfeito."


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