"No caso específico das ocorrências, elas se deram na cidade de São Luís, quando na madrugada deste domingo foram lançados três coqueteis molotov em três escolas diferentes. Todos três foram desativados. Nenhum deles alcançou nem a escola, nem tão pouco a urna, que lá se encontrava para votação. Nós chegamos ao fim deste dia naquelas localidades aonde estiveram presentes as Forças Armadas sem nenhuma outra ocorrência que tenha perturbado a paz e a tranquilidade da votação em todo o território nacional."
Jungamnn ressaltou ainda que assim como no primeiro turno das eleições, as Forças Armadas estarão à disposição para reforçar a segurança nas 27 cidades onde haverá a disputa pela Prefeitura no segundo turno, mas em nem todas essas localidades a presença militar será necessária. "Aquilo que o ministro Gilmar Mendes, a Justiça Eleitoral requisitar das Forças Armadas, elas vão efetivamente realizar. Será um esforço menor, nós empregados 25,4 mil homens, nesse segundo turno, nós saímos de um universo de quase 500 localidades para algo como 27. Certamente, não vamos precisar, a exemplo, do que aconteceu no Rio de Janeiro (onde 16 candidatos à vereador foram mortos), que isoladamente foi responsável por um efetivo de 6,5 mil, o maior de todos os estados, e a cidade do Rio de Janeiro sozinha um efetivo de 5 mil, que foram deslocados para lá, mas aquilo que for determinado pela Justiça Eleitoral, nós cumpriremos e daremos conta."
O ministro Gilmar Mendes, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, também avaliou como tranquila a votação no país. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, disse que esteve em contato a todo momento com os corregedores de Justiça dos estados, especialmente do Maranhão, onde nos últimos dias ocorreram ataques a prédios públicos, na capital São Luís, porém, ressaltou não ter havido outras ocorrências com gravidade no país durante a votação, apenas prisões mais ligadas a boca de urna. "Incidentes verificados, com prisão ou sem prisão de candidatos 383, prisão ou não prisão ou ocorrências infracionais de não candidatos 3.431, em geral feitos ligados a boca de urna, porte de arma e outros delitos dessa índole. No mais, acredito que as eleições ocorreram como nós esperávamos, em um clima de normalidade e paz."
Gilmar Mendes destacou ainda que a situação de violência ocorrida em alguns estados, não tem relação com a questão eleitoral, mas sim foram causados por um agravamento na Segurança Pública. Para controlar a situação o presidente do TSE, ressaltou que será preciso um trabalho conjunto entre todos os poderes.
"O quadro de insegurança não está associado aos conflitos eleitorais, é parte do quadro da deterioração da segurança pública entre nós, e exige uma atenção especial, e talvez um esforço, uma concentração de todos os poderes e também de todos os segmentos da Federação."
De acordo com o Ministro da Defesa, Raul Jungmann nesta semana, ele juntamente com outros ministros vão se reunir para traçar novas estratégias sobre a segurança no país.