Após participar da abertura do painel 'Infraestrutura de transporte e logística: desafios e perspectiva', realizado no Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), Renan Calheiros, afirmou que se não houver uma Reforma Política, a cada eleição, a política perderá seu prestígio.
"Nós precisamos mais do que nunca reformar a Política. Essas eleições demonstram sobretudo, que a sociedade quis e fez questão de indicar caminhos para esta reforma, que é urgente. Precisa-se fazer com celeridade. Se a Política não se reinventar, não mudar, não se reformar, ela vai perder prestígio a cada eleição. Chegou a hora de fazermos uma profunda Reforma Política."
O presidente do Senado fez questão de ressaltar o desempenho de seu partido PMDB, que segundo ele saiu vitorioso, comparando com as eleições de 2012, recebendo 14,7 milhões de votos, ficando atrás apenas do PSDB, que teve 17 milhões, mas metade deles na capital paulista. "Ou seja, o PMDB foi o vitorioso nas eleições e continua a ser o maior partido em meio a essa complexa pulverização partidária que existe hoje no Brasil."
Renan Calheiros ainda destacou que após o primeiro turno das eleições municipais, o Senado retoma os trabalhos com a pauta de votações dando prioridade nos próximos dias aos projetos que devolvam a competitividade da economia brasileira e melhorem o ambiente de negócios.
"Nós temos que reformar a economia brasileira, e vamos dar prioridade evidentemente aos temas econômicos que possa colaborar no sentido de devolver a competitividade a nossa economia, melhorar o ambiente de negócios, aprimorar a segurança jurídica. O Brasil precisa muito disso, porque isso tudo ao final vai devolver a confiança dos agentes econômicos."
O presidente do Senado disse também que vai conversar com líderes partidário para mobilizar deputados e senadores na sessão do Congresso marcada para a noite desta terça-feira (4), onde de acordo com Calheiros vão ser apreciados sete vetos, dois destaques da Lei de Diretrizes Orçamentárias e votar o crédito do Fies – Fundo de Financiamento Estudantil, que para o parlamentar é muito importante e precisa ser resolvido rapidamente.
Sobre a participação de Renan Calheiros, no seminário sobre transporte e logística, o presidente do Senado chamou a atenção que o Brasil vai ser castigado se continuar insistindo na "imprevidência" de aplicar apenas 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em transporte e logística, enquanto a média mundial é de 1,2% do PIB, lamentando que o Brasil investe apenas metade disso.
Calheiros afirma que o resultado é que a médio e longo prazos, a aritmética vai cobrar seu preço, gerando prejuízos irreparáveis à economia brasileira.
O senador deu ainda como exemplo, o transporte de soja brasileira pelo porto de Santos para Shangai, na China, que custa US$ 180 por tonelada. Já, os Estados Unidos conseguem exportar para aquele país asiático o mesmo produto por US$ 108 a tonela