O incidente, que ocorreu em 22 de setembro, causou pânico entre os meios de comunicação franceses, que começaram a tecer paralelos com "incidentes semelhantes" na Suécia, na Finlândia e nos países bálticos, onde o comportamento dos aviões russos poderia "provocar acidentes graves".
A Sputnik discutiu a questão com o especialista militar francês Jean-Vincent Brisset.
"De acordo com o Ministério da Defesa, eles [os bombardeiros] foram detectados na zona internacional, sobre águas internacionais muito além do espaço aéreo soberano da França", disse ele.
"A mídia francesa têm falado muito sobre as aeronaves russas perto das fronteiras dos países ocidentais e nada sobre aviões da OTAN que voam ao longo das fronteiras russas. O mais provável é que a situação seja simétrica em ambos os lados", acrescentou Brisset.
Segundo o especialista, o incidente causou tensão entre os países europeus e a Rússia, mas não há nada que chegue perto de uma "terceira guerra mundial", que a mídia francesa esteve tão ansiosamente prevendo.
"É apenas uma questão de interceptação de aeronaves russas por aeronaves francesas. Os relatos dizem pouco sobre o envolvimento de outros países. Além disso, eles também se esquecem de mencionar que as aeronaves francesas estão vigiando o espaço aéreo dos países bálticos, que estão localizados muito perto das fronteiras russas", concluiu Brisset.