A votação organizada às pressas no parlamento polonês marcou o primeiro revés doméstico de importância para os conservadores no poder.
Estima-se que 100.000 mulheres vestidas de preto protestaram em toda a Polônia na última segunda-feira (3) contra os planos do partido governante Lei e Justiça de aplicar a proibição do aborto mesmo em casos de estupro — proposta levantada por uma iniciativa popular com cerca de 500 mil assinaturas.
A legislação vigente da Polônia, considerada uma das mais restritivas da Europa, só permite a interrupção da gravidez em caso de estupro ou incesto, em caso de risco para a saúde da mãe ou no caso de o feto apresentar más-formações graves.