Para Renan Calheiros, diante do ao alto índice de 17,6% abstenções nas eleições 2016, o equivalente a 25 milhões de pessoas que não foram votar, o país precisa com urgência de uma Reforma Política.
"Tratamos da necessidade da reforma política. Estabelecemos que vamos votar no dia 9 a Proposta de Emenda à Constituição que trata da Federação, da cláusula de barreira e do fim da coligação proporcional, aqui no Senado. E fizemos um apelo no sentido de que a Câmara especificasse dois ou três temas por projeto de lei e mandasse esses temas para o Senado."
O presidente do Senado disse ainda, que está disposto a levar os trabalhos da Casa até o mês de janeiro, com o Congresso funcionando inclusive no recesso do fim de ano, se for preciso para aprovar o texto da PEC.
"A reforma política que está sendo cobrada pela sociedade brasileira. Nós tivemos 50% de votos entre abstenção, em branco e nulos. E nós precisamos refazer esse modelo. Se for necessário, nós vamos funcionar até o final de dezembro. Se for importante nós entrarmos, para entregarmos a reforma política, até o mês de janeiro, nós vamos funcionar em janeiro."
De acordo com Calheiros, o atual cenário dos partidos brasileiros contendo 35 legendas, é 'indigente' e as regras atuais vigentes estimulam uma 'inflação irrespirável' de siglas, tornando impossível a qualquer governo transmitir estabilidade.
O presidente do Senado defendeu ainda que o Congresso discuta outras propostas radicais como a mudança do sistema de governo, do presidencialismo para o parlamentarismo.