"Aparentemente, a sua vantagem principal é ter sido alto comissário das Nações Unidas para os refugiados por 10 anos. Pelos vistos, todos opinam, e em particular os líderes dos países-membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que o problema dos refugiados permanecerá na agenda nos próximos cinco anos, o número de conflitos não diminuirá", disse.
O compromisso não está na figura escolhida mas no papel que a ONU exercerá nos próximos anos.
"Nos últimos anos há muitas discussões sobre o futuro da ONU e o compromisso já mencionado reflete o compromisso de que a Organização tratará mais de assuntos humanitários, do destino das pessoas que se tornam vítimas inocentes dos jogos dos políticos e que os assuntos políticos serão resolvidos pelo Conselho de Segurança que no futuro deverá também resolver o assunto da reforma da ONU", declarou.
"Um fato importante é que não havia nenhuns esqueletos no armário <…>."
Uma das candidatas, Irina Bokova, que era considerada uma das possíveis vencedoras da eleição, recebeu um golpe nas costas do seu próprio país. Apareceram muitas informações pouco agradáveis em relação a ela na Bulgária, o que se refletiu no processo de votação. Outros candidatos também receberam avaliações negativas e Guterres tornou-se uma figura mais favorável para todos.
"Não convém esperar que o novo secretário-geral tenha qualquer peso político real. A história de todos os oito antigos secretários-gerais mostra isso. <…> O secretário-geral da ONU deve ser um moderador da discussão global em relação a todos os assuntos", disse Konkov.
As suas principais qualidades necessárias são o profissionalismo e capacidade de ouvir as várias partes sem assumir quaisquer compromissos. Estas tarefas estão de acordo com as possibilidades do novo secretário-geral da ONU, concluiu o analista.