Caso este tipo de corrida armamentista continue, a Polônia não terá sistemas de mísseis Patriot suficientes para neutralizar os Iskanderes russos.
Na conversa com a Sputnik Polônia o cientista político polonês Kazimierz Kik esclareceu:
"Se a Polônia continuar realizando uma política, na qual a segurança polonesa se torna refém das relações, ou melhor dizer, da competição entre EUA e Rússia, neste caso a Polônia perderá o controle sobre a garantia da sua própria segurança. Por esta via ela cedê-lo-á a um conflito que está a um nível muito superior: fora do limite das nossas capacidades e fora de controle dos poloneses."
Kik vê uma solução num respeito mais profundo pelos interesses nacionais poloneses,
"Na minha opinião, na direção oriental não existe suficiente unidade na forma de pensar. Quer dizer, não há uma suficiente unidade russo-polaca. Não se trata de nós, poloneses, separadamente nos juntarmos aos russos. A ideia é dividir de forma adequada para nós, e para nossos interesses nacionais, as necessidades de uma Europa em integração".
"Por mais que a Polônia peça Patriots e outros sistemas de defesa da OTAN, outros tantos (ou mesmo um pouco mais) Iskanderes aparecerão junto das fronteiras da Polônia", argumentou.
Cabe lembrar que a seu tempo a França e a Alemanha conseguiram superar suas divergências e em consequência construir uma política única europeia.