Em carta de condolências, o líder chinês reafirmou que seu país presta atenção elevada aos contatos bilaterais com a Tailândia e à necessidade de fortalecer a cooperação benéfica para as duas nações.
O rei da Tailândia contribuiu de forma importante para reforçar a amizade entre os dois países e ampliar os laços bilaterais, anunciou o porta-voz da chancelaria chinesa, Geng Shuang, expressando profundo pesar devido ao falecimento de Bhumibol Adulyadej.
Em entrevista à Sputnik China, Shen Shishun, especialista do Centro de Estudos do Sul do Oceano Pacífico do Instituto de Problemas Internacionais, Shen Shishun, expôs sua opinião sobre o futuro das relações bilaterais entre os dois países.
Segundo ele, "embora Bhumibol Adulyadej não tenha tido o poder político real, ele desempenhou um papel inapreciável na estabilidade do país".
Shishun prevê que a morte do rei "poderá abalar o equilíbrio da vida política do país, causando o aparecimento de problemas no curso futuro da política externa".
"Independente de quem assuma o poder na Tailândia, as relações com a China sempre serão importantes para o país", destaca Shishun.
De acordo com Alexey Fenenko, especialista da faculdade de relações internacionais da Universidade Estatal de Moscou, as incertezas sobre o futuro tailandês criam uma nova situação no triângulo China-Tailândia-EUA, alterando o balanço na região.
Ele acredita que os EUA estão arquitetando uma estratégia que cercará a China e atrairá a atenção da Tailândia.
"Em outras palavras, esperamos uma luta pela Tailândia entre a China e os EUA", indica.
Shishun considera que, sendo assim, a Tailândia tentará construir relações com a China e com os EUA, ao mesmo tempo:
"A Tailândia vai manter relações próximas com os EUA. Na verdade, não só Tailândia, mas também muitos outros países da Ásia Sudeste estão tentando 'balancear' as relações com as grandes potências", ressalta.
Alexey Fenenko acredita que os EUA tentarão mudar a política da Tailândia e construir parceria militar com o país da mesma forma como que se aproximam do Vietnã, com quem os americanos vêm construindo relações bilaterais durante os últimos seis anos.
"A China, aparentemente, tentará impedir a assinatura de acordos de fornecimento de armas entre os EUA e a Tailândia e ampliação da parceria na área militar", conclui.