A delegação italiana está realizado uma visita de três dias à península russa da Crimeia. Entre os 18 deputados há representantes de cinco regiões italianas: Vêneto, Ligúria, Lombardia, Toscana, e Emília-Romanha.
Os deputados tinham uma sessão de fotos junto ao monumento às "Pessoas corteses" em Simferopol. "Pessoas corteses" é a denominação popular atribuída aos militares do Diretório Principal de Inteligência do Estado-Maior da Rússia (GRU), fuzileiros navais e tropas de desembarque — estes efetivos garantiram a segurança durante a realização do referendo na Crimeia. O termo surgiu porque os efetivos eram especialmente corteses e corretos com a população local.
"Nós apoiamos o referendo realizado na Crimeia, apoiamos o direito dos habitantes da península à autodeterminação e estamos muito surpreendidos por certas instituições europeias não compartilharem da nossa opinião de que o poder pertence ao povo e não a instituições abstratas", declarou o deputado de Vêneto Stefano Valdegamberi.
Preocupados com as consequências do assim chamado Euromaidan (protestos violentos em toda a Ucrânia, que tiveram lugar entre 2013 e 2014 e resultaram na chegada de forças nacionalistas e pró-europeias ao poder) os habitantes da Crimeia, russos em sua grande maioria, optaram por se separar da Ucrânia através de um referendo realizado em março de 2014. Mais de 96% dos habitantes da península apoiaram a sua reintegração na Rússia. O Ocidente chamou a votação de "anexação". Moscou declarou que o referendo foi realizado em plena conformidade com o direito internacional.
As autoridades russas já declararam, em diversas ocasiões, que qualquer discussão sobre o novo estatuto da Crimeia está totalmente fora de questão.