Esta reação vem em resposta à decisão da UNESCO de deixar de reconhecer o vínculo entre a religião judaica e o Monte do Templo.
A indignação foi geral em Israel, cujos políticos já acusaram o braço cultural da ONU de "antissemitismo".
Um deles é o ministro da Educação, Naftali Bennett. Foi ele o autor da suspensão das relações.
Prosseguindo, ele comparou a situação em torno do Monte do Templo à situação em Aleppo, na Síria, chamando a decisão da ONU de "terrorismo diplomático em Jerusalém".
Por sua parte, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu disse que "o teatro do absurdo continua na ONU".
"O que vai acontecer depois? Uma decisão da UNESCO que negará ligação entre manteiga de amendoim e gelatina? Entre Batman e Robin? Entre Rock e Roll?", disse ele no seu Twitter.
What's next? A UNESCO decision denying the connection between peanut butter and jelly? Batman and Robin? Rock and roll?
— Benjamin Netanyahu (@netanyahu) 13 октября 2016 г.
A decisão da ONU foi aprovada na quinta-feira (13) por 24 votos a favor, seis contra e 26 abstenções. Os opositores foram os EUA, o Reino Unido, a Lituânia, a Holanda, a Alemanha e a Estônia.
O Monte do Templo, chamado também de Esplanada das Mesquitas, é considerado por Israel como seu lugar mais sagrado, por lá se ter situado o Templo de Salomão, cujos edifícios já não existem. O que resta do templo é o Muro das Lamentações, que se encontra dentro da parte judaica da cidade de Jerusalém e é um lugar de adorações e orações regulares.
Já no que toca às mesquitas, o Monte do Templo (ou a Esplanada) tem duas: a mesquita da Cúpula da Rocha (Haram al-Sharif) e a mesquita de Al-Aqsa. Estas mesquitas fazem da Esplanada o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos.