A operação contra o Daesh em Mossul poderá levar várias semanas ou até mais, disse à agência ABC News o chefe da coalizão internacional liderada pelos EUA, tenente-general Stephen Townsend, na segunda-feira.
Ele acrescentou que o exército iraquiano vai contar com apoio aéreo, de artilharia e de inteligência dos EUA ao longo da operação, indicando que ela "poderá se tornar uma batalha longa e dura".
A coalizão internacional liderada pelos EUA já informou que vai providenciar apoio às forças peshmerga do Curdistão iraquiano ao longo de toda a operação.
Approx 4,000 #Peshmerga in multi-pronged op in Khazir, East Mosul, w/ Iraqi Security Forces in Gwer & Gayarra, south of Mosul. #FreeMosul pic.twitter.com/oujJS6KhQA
— Peshmerga Command (@GCPFKurdistan) 17 октября 2016 г.
Segundo o comando peshmerga, cerca de 4 mil combatentes curdos participaram da operação, conforme o acordo entre o Curdistão iraquiano e o governo do Iraque.
"Os aviões da coalizão internacional atacaram as posições do Daesh no dia 16 de outubro e continuarão oferecendo apoio durante a operação", informou o comando.
Jamal Iminiki, chefe do Estado-Maior das forças peshmerga, informou que estas não entrarão em Mossul, conforme os acordos alcançados com o governo iraquiano.
"O Daesh possui forças consideráveis em Mossul, muitos militantes que foram forçados a sair das cidades iraquianas como Ramadi, Tikrit e Baiji podem estar em Mossul no momento, embora muitos deles pudessem ter ido para a Síria", ressaltou.
Em 16 de outubro o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou o início da operação militar para libertar a cidade de Mossul, no norte do Iraque, da ocupação do Daesh.
Mossul, considerada a segunda maior cidade do Iraque, tem cerca de 700 mil habitantes. O exército iraquiano, milícias xiitas e curdas, apoiados pela força aérea da coalizão internacional liderada pelos EUA, tentam, desde o mês de março, libertar a cidade do Daesh, que ocupou Mossul em junho de 2014.