Ambos os países estão trocando acusações a respeito da Síria, embora compreendam seu papel crucial na solução do conflito, informa o colunista da BBC, Jonathan Marcus.
Segundo ele, a atual guerra na Síria não trará vantagens nem para a Rússia, nem para os EUA, pois se não há confiança, não há reações bilaterais estáveis.
Marcus escreve que a Rússia tinha saído do palco internacional durante algum tempo, mas agora retornou com vontade de se fortalecer na região "caseira", tentando se posicionar a nível internacional.
Ele ressalta que a Rússia deveria fazer parte da nova comunidade dos países, mas ao invés disso, ela "foi considerada herdeira da URSS, levando-a a ser a principal fonte de desconfiança do Ocidente".
Segundo Pillar, não é surpresa que Moscou se oponha à adesão da Geórgia e da Ucrânia à OTAN. Ao mesmo tempo, a Rússia não sentiu uma atitude justa do Ocidente com relação a ela.
Ele destaca que os analistas não sabem o que considerar como prioridade: erros do Ocidente nas relações com a Rússia ou no curso decisivo de Moscou nas situações com a Geórgia, Ucrânia e Síria.
O ex-chefe da inteligência britânica, John Sawers, opina que o próximo presidente norte-americano será responsável pela mudança de relacionamento com a Rússia, ressaltando que as partes devem chegar ao entendimento para "assegurar estabilidade internacional" juntamente, pois o período do mundo unipolar dos EUA "foi breve e já terminou".