Durante a operação foram presos, o presidente da Câmara de Saquarema, Romacart Azeredo de Souza, o vice-presidente, Vanildo Siqueira da Silva, o Kiliquinho, os vereadores Paulo Renato Teixeira Ribeiro e Guilherme Ferreira de Oliveira, o Pitiquinho. Todos foram candidatos e reeleitos em outubro.
Ainda foi detido, o pai do vereador Guilherme, o candidato Hamilton Nunes de Oliveira, o Pitico, que foi derrotado nas eleições municipais. Ao todo a Justiça Eleitoral do município expediu, cinco mandados de prisão, além de sete de condução coercitiva.
De acordo com o delegado da Polícia Federal, Daniel França, os presos realizavam boca de urna e compravam votos em troca de benefícios, como distribuição de medicamentos e combustível para veículos. Também estão sendo investigados pela Polícia Federal, alguns médicos da região por fornecimento de atestados e receitas controladas em branco mas com suas assinaturas, além de benefícios em um hospital de grande porte.
"Foi determinado por decisão judicial, que todo o sigilo do inquérito policial fosse aberto nessa fase para a imprensa, para que todos ficassem sabendo, do povo, o que os mandatários, que recebem salários provenientes dos seus impostos estão fazendo com eles."
Um pastor também foi conduzido para prestar esclarecimentos. Ele é suspeito de negociar com os políticos a presença deles em cultos na igreja para oferecer benefícios em troca de votos.
Os presos vão ser indiciados por associação criminosa, com pena de 1 a 3 anos; corrupção eleitoral, com pena de reclusão de até 4 anos; transporte irregular de eleitores, com detenção de 4 a 6 anos; boca de urna, com pena de 6 meses a um ano e crime de emissão de atestado médico falso, com pena de 1 mês a 1 ano.