"Para os bancos, o Brexit não significa só tarifas adicionais ao comércio, como também acontecerá com outros setores. Isso tem a ver com os bancos terem ou não o direito legal de prestar serviços", disse Anthony Browne, executivo-chefe da Associação de Banqueiros Britânicos (BBA, na sigla em inglês).
"Quanto às empresas, elas não podem esperar até o último minuto. Os bancos podem esperar pelo melhor, mas eles têm de planejar o pior cenário. A maioria dos bancos internacionais têm agora equipes de projeto decidindo quais operações devem ser transferidas para outros países para garantir que eles possam continuar servindo os clientes, quando isso deve acontecer e qual é a melhor maneira de fazê-lo", explicou o especialista.
Especificamente, o presidente da BBA não entende os políticos que parecem dispostos a quebrar o mercado financeiro integrado na UE que "torna mais fácil e mais barato para os agricultores franceses, fabricantes alemães ou designers de moda italiana obter financiamento".
A primeira-ministra do país Theresa May tinha dito que ia invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa antes do final de março do próximo ano.
Várias empresas, como HSBC e Goldman Sachs, têm recentemente anunciado que vão transferir uma parte de seus escritórios para outros países.