"O primeiro mito é que existem alguns acordos secretos sobre Minsk que ainda são desconhecidos para o público ou para nossos parceiros. Eu quero descartar fortemente isso. Isso é um estilo antinatural da diplomacia europeia", disse Poroshenko em entrevista às emissoras de televisão ucranianas neste domingo (23).
"Há também outros mitos de que Minsk teria se esgotado e de que há supostamente uma outra alternativa. Eu ressalto que hoje Minsk é o único caminho para a paz", disse Poroshenko.
Em abril de 2014, as autoridades de Kiev lançaram uma operação militar contra os movimentos independentistas em Donbass. Em fevereiro de 2015, os dois lados chegaram a um acordo de cessar-fogo depois de conversas mediadas pelos líderes da Rússia, da França, da Alemanha e da Ucrânia — o chamado quarteto da Normandia — na capital bielorrussa de Minsk.
Os acordos preveem um cessar-fogo total, a retirada de armas a partir da linha de contato no leste da Ucrânia, a troca de todos os prisioneiros e reformas constitucionais que dariam um estatuto especial para as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Ambos os lados do conflito, no entanto, continuam se acusando mutuamente de violar os acordos.