Nas suas ações a investigação russa viu indícios de crime classificado como “uso de meios e métodos de guerra proibidos”, informou Svetlana Petrenko, chefe interina da direção de cooperação com a mídia do Comitê de Investigação da Rússia.
De acordo com os dados da investigação, em 17 de abril deste ano Sirchenko, Scherbinin e outros militares da 57ª brigada motorizada independente das FAU realizaram um bombardeio de artilharia de alta precisão, com uso de armas pesadas, contra instalações de infraestrutura civil, que não são alvos militares, no povoado de Zaitsevo na região de Donetsk. Na sequência do ataque foram danificados três prédios residenciais, um ponto de entrega de ajuda humanitária e foi ferida uma mulher que não tomou parte no conflito.
Em 15 de junho, Zubanich e os militares da 10ª brigada de assalto de montanha independente das FAU alvejaram com armas pesadas de elevado poder de destruição o território dos povoados de Krasnogorovka e Staromikhailovka, na região de Donetsk, o que resultou em ferimentos de dois civis.
Em 19 de julho, Garaz, Martenyuk e outros militares da 30ª brigada mecanizada independente das FAU realizaram um ataque com uso de artilharia pesada contra o território dos bairros de Kuibyshevsky e Kievsky, em Donetsk, e do povoado de Yasinovataya, na região de Donetsk. Foram parcialmente danificados oito prédios residenciais e quatro civis sofreram ferimentos.
“A investigação considera que em todos os casos os militares ucranianos violaram os postulados dos atos do direito internacional que garantem a defesa dos direitos da população civil durante os conflitos armados de caráter não internacional”, afirma Petrenko.
Em abril de 2014, as autoridades da Ucrânia lançaram uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste do país. Estas regiões proclamaram sua independência após o golpe de Estado ucraniano em fevereiro de 2014. Segundo os dados da ONU, as vítimas do conflito já somam mais de 9,6 mil pessoas.
Lembramos que, em 1 de setembro, em Donbass entrou em vigor mais um regime de cessar-fogo. Ele foi aprovado pelas partes durante a reunião do grupo de contato em Minsk em 26 de agosto. O cessar-fogo foi planejado para coincidir com o início do ano letivo. Apesar do estado de cessar-fogo, surgiram múltiplos relatos de violações da trégua.