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Área de saúde de SP teme que teto de gastos leve atendimento médico à UTI

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O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) está preocupado com as consequências da PEC 241 que limita os gastos do governo por 20 anos, principalmente na área da Saúde. Segundo o Conselho, a medida vai diminuir drasticamente o alcance e a qualidade dos serviços de assistência, prejudicando as parcelas mais vulneráveis da população.

Nas contas do Coren-SP, são 150 milhões de brasileiros que dependem diretamente do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo números do DataSUS, 707 mil pessoas morreram em 2014 em decorrência de doenças evitáveis, como gripe e infecções intestinais. Este cenário, conforme o conselho, é reflexo do descaso das autoridades com as políticas inclusivas.

O Coren-SP reconhece que o Brasil realmente precisa de mudanças. Para vencer a atual crise econômica e colocar o país no rumo certo, é necessária uma política firme de ajuste fiscal, com medidas que reduzam os gastos públicos, diminuam o intervencionismo do Estado e criem base sustentável para a retomada da produção, dos investimentos, dos níveis de emprego e do crescimento.

Na avaliação da entidade, a PEC 241, aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados, traz em seu texto alguns aspectos realmente positivos que apontam nesse sentido, como o estabelecimento de limites para os gastos públicos vital para a reorganização orçamentária, além de exigência da população. O conselho observa, porém, que o governo comete grave erro ao penalizar áreas sociais como a saúde e a educação, com cortes por 20 anos, já que a redução de despesas poderia vir de outras rubricas.

No campo da saúde as perdas chegarão a R$ 743 bilhões em duas décadas, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). São cortes que causarão mais prejuízos ao SUS, que hoje já se encontra à beira da Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) em virtude do subfinanciamento.

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