O início das negociações de paz entre o governo da Colômbia e o ELN estava programado para este 27 de outubro. No entanto, o ministro do Interior da Colômbia, Juan Fernando Cristo, disse publicamente nesta quinta-feira que não vai iniciar o diálogo até que o grupo insurgente libere o ex-congressista.
"A decisão tomada pelo Presidente da República é de que até que tenhamos a certeza de que Odin Sanchez se encontra são e salvo, que ele está com sua família e que voltou para o seio da sociedade chocuana [relativo ao departamento colombiano de Chocó], a mesa de negociações no Equador não será istaurada", disse Cristo.
A informação foi confirmada pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, através de sua conta no Twitter:
No he firmado resolución designando negociadores con ELN, porque no han liberado a Odín Sánchez.
— Juan Manuel Santos (@JuanManSantos) 27 октября 2016 г.
Diante da decisão unilateral do governo colombiano, o comandante Pablo Beltran, negociador-chefe do ELN, disse: "Estamos cumprindo tudo que foi acordado (…). Desde a noite passada a delegação de negociações [está] em Quito".
Caso Odin Sanchez
A família Montes de Oca pertence ao Partido Social de Unidade Nacional (Partido de la U), liderado pelo senador e ex-presidente Alvaro Uribe, um dos principais opositores da paz com os grupos guerrilheiros. No entanto, em meados de agosto, apareceu um vídeo onde Odin, na selva e rodeado por guerrilheiros, exortava o governo a "iniciar negociações de paz com o ELN".