"Nos anos 60, quando o presidente filipino era apenas estudante, ele fazia parte de um movimento estudantil. Rodrigo Duterte é da geração pós-guerra, ele é afetado pelo nacionalismo ultradireita. O professor Jose Maria Sison, mestre preferido de Duterte, mais tarde criou o Partido Comunista das Filipinas. A ideologia deste nacionalismo ultradireita se tornou parte da ideologia de Duterte. A sua ideia consiste em criar umas Filipinas livres da influência americana."
No início, as relações filipino-americanas não eram tão ruins. Houve um período em que os EUA foram parceiros importantes. Mas com a posse de Duterte no poder, os Estados Unidos começaram a criticar o país filipino devido à forma adotada pelo seu líder de combater o tráfico no país. Por isso a atitude antiamericana do líder filipino aumentou: os EUA se comportam de modo arrogante, dando sermões. Segundo Rodrigo Duterte, "[EUA] não me respeitam, por conseguinte não respeitam as Filipinas".
"Presidente Duterte admira e confia nos líderes fortes. Ele acredita na construção de boas relações com líderes fortes como, por exemplo, o presidente russo, Vladimir Putin. Mas, ainda não está claro como serão relações entre a Rússia e as Filipinas", destaca o professor Kusaka.
"Os EUA, cujas relações com as Filipinas estão se deteriorando, buscam manter a sua influência sobre as Filipinas através do Japão. Os EUA, provavelmente, chegaram a pedir ajuda ao primeiro-ministro Abe para que as Filipinas não tomassem o lado da China", opina Wataru Kusaka.
Após a visita ao Japão, o presidente Duterte viajará para a Rússia, onde ele se encontrará com o presidente Putin. A questão sobre como será organizada a diplomacia filipina futura ainda permanece aberta.