Maduro e oposição venezuelana adotam tom conciliatório sob mediação do Vaticano

© AFP 2023 / RONALDO SCHEMIDTConselheiro Pontifício do Vaticano para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, aperta a mão do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro. Caracas, 30 de outubro de 2016
Conselheiro Pontifício do Vaticano para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, aperta a mão do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro. Caracas, 30 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
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O governo e a oposição da Venezuela traçaram nesta segunda-feira (31) uma rota para avançar o processo de diálogo, que os críticos do presidente Nicolas Maduro continuam condicionando à libertação de presos políticos e à convocação de eleições presidenciais.

Na noite de domingo (30), Maduro apertou as mãos com delegados da oposição no início da primeira reunião entre as partes mediada por facilitadores estrangeiros, entre eles um representante do Papa Francisco.

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​No encontro, que se estendeu até a madrugada, os representantes concordaram em estabelecer grupos de trabalho para começar deliberações nesta segunda-feira em quatro temas: paz, o respeito ao Estado de direito e à soberania; direitos humanos e reconciliação; economia e sociedade; e o estabelecimento de um cronograma eleitoral, de acordo com uma declaração das partes.

A próxima reunião será no dia 11 de novembro.

"A fim de manter e preservar um ambiente de paz, o governo e a oposição se comprometeram a diminuir o tom de agressividade da linguagem utilizada no debate político", diz o comunicado emitido após a reunião de ontem.

"Hoje foi realizado um diálogo franco, sincero, construtivo, preciso, que nos permitirá fazer progressos sobre questões de importância crucial", disse Jorge Rodriguez, um aliado próximo do presidente Maduro e líder da delegação governamental, segundo citado pela Reuters.

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Mas, apesar do otimismo oficial, a oposição disse que não vai abandonar o seu calendário de protestos de rua. O secretário da coligação Mesa de Unidade Democrática (MUD), Jesus Torrealba, disse esperar "gestos concretos e imediatos", como a libertação de "prisioneiros políticos", para manter as negociações.

Torrealba também defendeu a realização de um referendo revogatório contra Maduro ainda em 2016, “ou um acordo político que permita o adiantamento das eleições presidenciais”.

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