"A viagem dos nossos navios provocou celeuma entre os parceiros ocidentais. Entretanto, fomos especialmente surpreendidos pela posição de alguns países que, sob pressão dos EUA e da OTAN, declararam publicamente a recusa de permitirem os nossos navios de guerra de entrarem nos seus portos", disse.
"De 27 a 29 de outubro, os navios de manutenção realizaram o reabastecimento do grupo naval com todos os tipos de recursos até às quantidades predefinidas", acrescentou.
Entretanto, ele declarou que a posição dos países ocidentais não afetou o calendário de movimento do grupo naval.
"Isso não afetou o calendário do sua movimento pelo percurso anteriormente definido porque eles estão abastecidos com todos os recursos necessários. Tal como os nossos grupos de combate em Hmeymim e Tartus, aos quais em média são fornecidas duas dezenas de toneladas de cargas diversas diariamente", disse Shoigu.
"É tempo de os nossos colegas ocidentais definirem contra quem eles combatem realmente – contra os terroristas ou contra a Rússia. <…> Talvez eles tenham esquecido quem foi que matou pessoas inocentes através de atentados na Bélgica, França, Egito, Iraque e outros países?", afirmou Shoigu.
Há que lembrar que o grupo naval russo que acompanha o porta-aviões Admiral Kuznetsov se dirige para o litoral sírio no mar Mediterrâneo. Espanha e Malta se recusaram a aceitar que os navios russos escalassem seus portos para reabastecimento sob pressão da OTAN, cujo secretário-geral Jens Stoltenberg afirmou que o grupo naval pode ser usado para atacar Aleppo. Um representante do Ministério das Relações Exteriores russo classificou tais declarações da liderança da Aliança como absurdas.