Eis a opinião do especialista russo em questões militares, Vladimir Evseev.
A entrada da flotilha russa com o porta-aviões Admiral Kuznetsov no Mediterrâneo pode ser um elemento crucial para conter o apetite do Pentágono, acredita o especialista.
Segundo ele, a presença dos navios russos entre a Argélia e a Itália impossibilita o deslocamento de grupo naval semelhante da OTAN nessa área.
"Na verdade, os nossos navios fecharam a Síria. Os navios russos não apareceram onde estão por acaso, excluindo a possibilidade de lançamento de mísseis de cruzeiro a partir daquela direção", destaca o especialista.
Evseev relembrou que anteriormente os sistemas de mísseis S-300 "foram implantados em Tartus" com o mesmo objetivo. Além de serem utilizados contra ameaças no ar, os sistemas de mísseis são capazes de atacar alvos balísticos.
De acordo com a opinião do especialista, além da libertação de Aleppo, os militares sírios e seus aliados russos precisam cercar terroristas da Frente al-Nusra em Idlib.
Ele acredita que, após Idlib, Turquia seja o novo ponto para onde irão os terroristas. Da Turquia, provavelmente, os terroristas poderão "fazer uma visita à Europa", acha.
"É sobre isso que os países ocidentais devem pensar, ao invés de interferir na operação que visa libertar Aleppo e outros territórios sírios", explica.
Segundo Evseev, não se pode continuar esperando e prolongando pausas humanitárias, há necessidade de libertar a cidade rapidamente sem levar em consideração a opinião do Ocidente.