Aleppo e Mossul: história das duas cidades tomadas por terroristas

© AFP 2023 / AHMAD AL-RUBAYECombatentes xiitas avançam em direção de Salmani, a sul de Mossul, Iraque, 30 de outubro de 2016
Combatentes xiitas avançam em direção de Salmani, a sul de Mossul, Iraque, 30 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
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As tentativas de minimizar a importância da operação realizada pelo exército sírio em Aleppo e, ao mesmo tempo, glorificar a operação da coalizão internacional liderada pelos EUA, são absurdas, informou o analista político Aleksandr Khrolenko à agência RIA Novosti.

O especialista aponta que, nos últimos meses, Aleppo se tornou campo de batalha entre as forças do governo, jihadistas e vários grupos de oposição. A zona leste de Aleppo, tomada por militantes, está cercada pelas forças do governo. Os combates afetam milhares de civis que continuam impossibilitados de escapar da cidade.

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Segundo Khrolenko, o chanceler russo, Sergei Lavrov, informou anteriormente que não vê nenhuma diferença entre as situações em Aleppo e em Mossul, sendo que em ambas as cidades, é preciso combater os terroristas. Porém, segundo o analista, o Departamento de Estado dos EUA foi rápido em condenar tal postura.

Ao mesmo tempo Khrolenko enfatizou que os aviões russos continuam fora da zona de 10 quilômetros ao redor de Aleppo enquanto o Centro para a Reconciliação na Síria russo está empreendendo esforços para oferecer ajuda humanitária aos civis de Aleppo diariamente.

© AFP 2023 / BULENT KILICRepresentantes do Serviço de Сombate ao Еerrorismo do Iraque (CTS) perto do povoado de Bazwaya, zona leste da cidade de Mossul, durante a terceira semana da ofensiva que visa retomar o baluarte do Daesh, 31 de outubro de 2016
Representantes do Serviço de Сombate ao Еerrorismo do Iraque (CTS) perto do povoado de Bazwaya, zona leste da cidade de Mossul, durante a terceira semana da ofensiva que visa retomar o baluarte do Daesh, 31 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
Representantes do Serviço de Сombate ao Еerrorismo do Iraque (CTS) perto do povoado de Bazwaya, zona leste da cidade de Mossul, durante a terceira semana da ofensiva que visa retomar o baluarte do Daesh, 31 de outubro de 2016

Os ataques da coalizão em Mossul continuam. Canais da TV iraquianos informam frequentemente sobre confrontos entre os locais e o uso de civis como "escudos humanos" pelos terroristas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, informou que na terça-feira (1) a coalizão realizou 25 voos, incluindo 21 ataques contra Mossul nas últimas 24 horas.

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Khrolenko assinala que "dezenas de civis já morreram devido aos ataques aéreos da coalizão, mas ninguém quer se dirigir ao Conselho de Segurança da ONU para apresentar protesto". Segundo ele, Samantha Power, embaixadora dos EUA junto à ONU, acusou a Rússia e a Síria de terem organizado uma "ofensiva intensa e bárbara contra Aleppo".

The Atlantic Council, centro de pesquisas norte-americano, informou que "a Rússia está combatendo na Síria pelas seguintes razões: para proteger o aliado […], proteger seu acesso ao depósito de reabastecimento naval no Mediterrâneo, buscar ser percebido com seriedade como ator global, combater islamistas e interromper a alegada campanha ocidental de mudança do regime na Europa e no Oriente Médio".

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Segundo o especialista, "The Atlantic Council traça diferenças básicas entre as operações de Aleppo e de Mossul, considerando que a Rússia está defendendo estabilidade no Oriente Médio legalmente, enquanto a coalizão internacional mantém o direito ilegítimo de mudança do regime".

Em 17 de outubro, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou o início da operação de libertação de Mossul do Daesh. A operação é apoiada por ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA.

Mais de 30 mil iraquianos e 4 mil combatentes curdos participam da ofensiva de Mossul, apoiados por 5 mil soldados dos EUA. A cidade de Mossul tem sido ocupada pelo Daesh desde 2014.

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