O embaixador saudita nos Estados Unidos, príncipe Abdullah Al-Saud, provocou polêmica esta semana quando, questionado por ativistas sobre se seu país continuaria a usar bombas de fragmentação no Iêmen, comparou de forma jocosa a pergunta com o tratamento que, de acordo com ele, deve ser dado a a uma esposa, segundo relata o jornal The Intercept.
"É como se você me perguntasse: 'pararia de bater em sua mulher?'", respondeu o diplomata, rindo em coro com a comitiva que o acompanhava.
Desde 2014 o Iêmen está imerso em um conflito armado entre os rebeldes xiitas houthis e as forças leais ao presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, que fugiu para a Arábia Saudita após a tomada da capital, Sanaa, pelas forças rebeldes. A coalizão de países árabes liderados por Riad lançou uma intervenção militar no país vizinho em março de 2015 com ataques aéreos contra os houthis.
A Arábia Saudita aceita que os maridos chicoteiem suas mulheres, e ainda hoje é um dos países mais repressivos do mundo em relação aos direitos femininos.