Assad: ataque 'planejado' dos EUA contra exército sírio em Deir ez-Zor favorece Daesh

© AP Photo / SANA Presidente sírio, Bashar Assad fala durante uma entrevista
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O presidente sírio Bashar Assad acusou Washington de ter realizado um "ataque planejado" que favoreceu o grupo terrorista Daesh, em 17 de setembro, quando um avião da coalizão internacional liderada pelos EUA bombardeou as forças do governo sírio em Deir ez-Zor, o que provocou 80 mortos.

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Inicialmente o Pentágono informou que o ataque foi um erro e que este visava militantes do Daesh.

O Reino Unido, a Austrália e a Dinamarca confirmaram a participação de seus aviões nos ataques.

"O ataque aéreo das forças norte-americanas foi uma ação planejada, sendo que o [Daesh] estava sendo desalojado devido à cooperação entre a Síria, Rússia e o Irã, e sendo que a Frente al-Nusra, uma ala da Al-Qaeda, foi derrotada em muitas áreas na Síria, os EUA queriam prejudicar a posição do exército sírio; eles atacaram o nosso exército em Deir ez-Zor", declarou Assad.

Ao mesmo tempo, o presidente sírio ressaltou que os EUA e seus aliados do Ocidente são responsáveis por não se conseguir acabar com as recentes hostilidades na Síria.

"O Ocidente, principalmente os EUA…sempre pedem um cessar-fogo quando os terroristas se encontram em uma situação desfavorável, e não para os civis", destacou Assad à edição Politika.

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O líder sírio lamentou que os apoiantes das forças da oposição tenham aproveitado a pausa nos combates para providenciar apoio logístico, armas e outros reforços.

"Quando o esquema não funcionava, eles pediam aos terroristas para fazer o cessar-fogo fracassar ou começar atacando de novo. Quem tem a culpa? Os EUA e seus aliados, os países ocidentais, é por causa deles. Os terroristas e o terrorismo são uma carta que eles querem jogar no palco sírio, eles não são contra os terroristas", frisou Assad.                                                                    

O presidente sírio destaca que Washington está conduzindo uma "guerra de enfraquecimento" contra a Síria, Irã e Rússia, essa é a "sua visão em relação à Síria".

Segundo Assad, é pouco provável que a Rússia e os EUA juntem forças para combater o terrorismo, por terem valores diferentes.

Ao mesmo tempo o presidente sírio destaca que "os russos são muito sérios e estão dispostos a continuar combatendo os terroristas".

Desde março de 2011, Síria vive um conflito armado no qual o governo enfrenta grupos de oposição armados e organizações terroristas, incluindo Daesh (auto-intitulado Estado Islâmico) e Frente al-Nusra.

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