Logo após, foi divulgado que a polícia do Quebec (Canadá) também grampeou outros seis jornalistas, entre os quais há o famoso âncora da emissora Radio Canada, Alain Gravel.
Esta informação causa de novo dúvidas sobre a existência de liberdade de imprensa no país.
Jean-Thomas Léveillé, presidente da Federação Profissional de Jornalistas do Quebec, explicou à Sputnik França as razões para a vigilância de jornalistas e sugeriu as possíveis consequências do escândalo para a reputação do país e a liberdade de imprensa.
Relativamente o caso do jornalista Patrick Lagacé ele disse:
"A polícia de Montreal declara que o telefone dele foi grampeado com o objetivo de estabelecer a identidade do policial que partilhava a informação com a mídia. <…> O que nos preocupa é não só que o jornalista tenha sido espionado dessa forma, mas também, e o que é mais importante, que isso tenha continuado por bastante tempo e em grandes proporções."
A organização de Jean-Thomas Léveillé exige das autoridades do Quebec uma investigação pública das atividades da polícia local e especialmente daquelas estruturas que autorizaram a realização das escutas.
"Este é o golpe sério contra a reputação do Quebec, e de fato, do Canadá em geral no que diz respeito à liberdade de imprensa", disse Léveillé.
Após o escândalo, o país de fato corre risco de perder pontos no ranking da Repórteres Sem Fronteiras, a organização não governamental que defende a liberdade de imprensa internacionalmente desde 1985.