'EUA acusam a Rússia enquanto gastam bilhões no aumento de seu potencial nuclear'

© AFP 2023 / Brendan Smialowski Um míssil nuclear ICBM Titan II desativado é visto em um silo no Missile Museum Titan. 12 de maio, 2015, Green Valley, Arizona.
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O secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, afirma que Washington desacelerou o desenvolvimento de seu potencial nuclear em relação a outros países, no entanto, especialistas garantem que ninguém investe mais neste setor do que os próprios EUA, escreve Business Insider.

De acordo com o diretor do programa de estudos sobre desarmamento da Associação de Controle de Armas, Kingston Reif, Carter falou igualmente na falta de investimentos no setor, enquanto que, nos últimos 25 anos, os EUA gastaram bilhões de dólares na modernização de seu potencial nuclear.

O silo de míssil - Sputnik Brasil
Divulgada a primeira imagem do maior míssil balístico intercontinental da Rússia
Segundo ele, os EUA possuem hoje o maior número de ogivas nucleares do planeta. Até o Comando Estratégico dos EUA (Stratcom) reconhece que o número é maior do que o necessário para a proteção do território do país e para a implementação bem sucedida de uma estratégia de dissuasão nuclear.

Apesar de todos esses dados, a notícia de que a Rússia pretende modernizar o seu arsenal de mísseis balísticos intercontinentais foi recebido como um ato de agressão por parte de Moscou.

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O especialista observa que, de acordo com os planos atuais de modernização das forças estratégicas, nos próximos 30 anos, um trilhão de dólares será alocados para o desenvolvimento do arsenal atômico dos EUA. Assim, até meados da década de 2020, o excesso de financiamento das forças nucleares trará dificuldades econômicas para outros segmentos das Forças Armadas dos EUA, incluindo o Exército e a Marinha.

“Consideramos a criação de novos mísseis de cruzeiro como inadequada e excessiva” – disse Reif.

Assim, segundo o especialista, o desenvolvimento de um novo míssil de médio alcance capaz de carregar uma ogiva nuclear (LRSO), previsto para ser carregado pelos bombardeiros B-52, B-2 e B-21, custará a Washington entre 20 e 30 milhões de dólares. Esquece-se, no entanto, que a bomba termonuclear B61, que já existe e é mais barata, é capaz de desempenhar as mesmas funções.

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