Durante o Seminário 'Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil', Temer lamentou, ao fazer referência à ocupação estudantil de escolas, que as ações são uma falta de respeito às instituições. O presidente criticou que 'argumento intelectual' hoje foi substituído pelo 'argumento físico'.
"Hoje ao invés do argumento oral, do argumento intelectual, usa-se o argumento físico. A pessoal vai e ocupa não sei o que, bota pneu velho e queima na estrada para impedir trânsito. É um argumento físico, mesmo agora na Proposta de Emenda Constitucional do Ensino Médio, que é uma coisa que se fala há muito tempo."
O presidente voltou a falar que o poder público precisa da iniciativa privada para a retomada do crescimento da economia. Com o apoio do empresariado, Temer disse que o governo vai desmontar, o que chamou de 'ciclo perverso' se referindo à crise financeira no país. Para Temer, a expectativa é a de que no 2º semestre de 2017, o país retome as oportunidades de emprego.
O presidente da Confederação da Indústria, Robson Andrade, aproveitou o encontro para dar seu apoio sobre a PEC do teto de gastos, que é uma forma de melhorar a confiança dos investidores na economia brasileira, porém, ressaltou a necessidade do governo em resolver problemas de infraestrutura, como o atraso nas obras, que acabam atingindo os consumidores.
"Um dos problemas mais sérios da agenda de infraestrutura no Brasil é o atraso das obras. Em algumas das maiores obras de infraestrutura no país o atraso alcança vário anos. Os prejuízos daí decorrentes afetam consumidores e empresas, consomem vultuosos recursos públicos e comprometem o desenvolvimento."
O governo federal anunciou esta semana, que vai investir R$ 2 bilhões para retomar 1600 obras que estão paralisadas em 1.071 municípios brasileiros. A previsão do Executivo é a de que os empreendimentos gerem cerca de 45 mil empregos com a reativação dos canteiros de obras.