Quando perguntado pela AP se iria concorrer na próxima eleição presidencial, Sanders disse que "quatro anos é muito tempo a partir de agora", explicando que estará em campanha de reeleição para o Senado em 2018.
"Vamos tomar uma coisa de cada vez, mas não vou descartar nada”, disse Bernie.
Após a vitória eleitoral de Donald Trump, muitos destacaram o fato de que se o Comitê Nacional Democrata não tivesse trabalhado para impedir Sanders de vencer as primárias, o senador de 75 anos poderia ter derrotado o magnata republicano nas eleições.
Sanders também disse que a vitória de Trump foi uma vergonha para o Partido Democrata, já que os eleitores da classe trabalhadora rejeitaram Hillary Clinton e escolheram Trump.
"É um embaraço, penso eu, para todo o Partido Democrata, que milhões de trabalhadores brancos da classe trabalhadora decidiram votar em Trump", disse ele. "O que sugere que a mensagem democrata de defender os trabalhadores não tem mais muita influência entre os trabalhadores neste país".
"Não se pode ser um partido que, por um lado, diz ‘nós somos a favor dos trabalhadores, estamos a favor das necessidades dos jovens, mas não temos a coragem de enfrentar Wall Street e a classe bilionária’", disse Sanders. "As pessoas não acreditam nisso. Você tem que decidir de que lado você está".
Bernie prometeu lutar contra Trump em quaisquer “políticas racistas, sexistas, xenófobas e anti-ambientais", e disse à AP não acreditar que o presidente eleito cumpra as promessas de campanha feitas aos eleitores da classe trabalhadora.
"Espero que eu esteja errado, mas acredito que ele é uma fraude, e acho que, apesar de toda a sua retórica sobre ser um campeão da classe trabalhadora, ela vai acabar se mostrando vazia", disse o senador.