Desde o início da operação de Mossul, cerca de dois mil cristãos fugiram de vilas e povoados situados a leste e a norte de Mossul para evitar os confrontos com o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países).
O correspondente da Sputnik Turquia falou com um dos representantes da comunidade cristã de Mossul, Baha Erzan Asu, que contou como o Daesh tem tratado a população cristã na cidade ao longo dos últimos dois anos.
"Os terroristas torturavam, prendiam e até os queimavam vivos em igrejas", descreve Asu.
Ele contou que em outubro de 2014 os jihadistas destruíram com minas um grande número de igrejas nos povoados de Bartilla e Hamdaniye, a leste de Mossul, onde a maior parte dos residentes era cristã.
"Por causa do Daesh dezenas de milhares de cristãos fugiram de Mossul e seus arredores para Bagdá e Erbil", explica Asu.
De acordo com ele, o Daesh começou seguindo o exemplo de Saddam Hussein, que antes realizava uma política de discriminação e pressão contra os cristãos no Iraque. Como resultado, dezenas de milhares de cristãos fugiram para a região curda e para Bagdá, enquanto outros emigraram para os EUA, Canadá, Alemanha e França.
Asu revela que antes no território do Iraque viviam 3 milhões de cristãos, mas depois de começarem sendo detidos por Saddam Hussein os processos migratórios aceleraram, e posteriormente foi o Daesh quem praticou uma perseguição cruel em relação aos cristãos.
"Muitos representantes da comunidade cristã não aguentavam e morriam durante as torturas em prisões do Daesh. Neste momento centenas de cristãos se encontram encarcerados", conta Asu.
Apesar disso, Asu manifesta esperança de que no tempo mais próximo Mossul seja libertado dos terroristas.