“Eu pedi para adiar a discussão e estou esperando a nova data”, disse o porta-voz.
Inicialmente, a discussão fora planejada para outubro, após o projeto ter sido apresentado na câmara baixa do Parlamento no verão.
“Acho que tive razão em adiar a discussão porque a eleição do Sr. Trump como presidente dos Estados Unidos pode, em grande parte, mudar a situação (relativamente às sanções contra a Rússia) no futuro”, disse o parlamentar do Partido Popular.
De acordo com as palavras dele, a resolução exorta o Governo da Bélgica a “colocar nas instituições da UE a questão sobre a abolição das sanções econômicas contra a Rússia”. Carcassi acredita que, com a apresentação do documento no Parlamento, “vamos abrir a discussão sobre as sanções, que, em primeiro lugar, causam danos às empresas belgas, particularmente para os produtores de frutas e legumes, que mais do que outros sofreram com o regime das sanções”.
As relações da Rússia e do Ocidente complicaram-se por causa da situação na Ucrânia. No final de julho de 2014, a UE e os Estados Unidos passaram de sanções contra certos indivíduos e empresas para medidas contra setores inteiros da economia russa. Em resposta, Moscou limitou a importação de alimentos provenientes dos países que apoiaram a introdução de restrições.
Conforme o Acordo de Minsk, cujo cumprimento o Ocidente coloca como condição para a abolição das sanções, as autoridades ucranianas deveriam ter realizado uma reforma constitucional até ao fim de 2015. Os seus principais elementos devem ser a descentralização e a adoção de uma lei sobre o estatuto especial de certas regiões das regiões de Donetsk e Lugansk, mas Kiev ainda não cumpriu essa parte do acordo.
O Kremlin acha absurdo relacionar as sanções do Ocidente com a implementação dos acordos de Minsk, uma vez que a Rússia não é uma parte do conflito e dos acordos sobre a regularização na Ucrânia.