Afinal, de onde vêm armas químicas dos rebeldes sírios?

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Alguns dias atrás, os militares russos encontraram vestígios de cloro e fósforo branco no bairro 1070 de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria que está sob controle parcial das organizações radicais, inclusive da Frente al-Nusra.

As armas químicas que os rebeldes sírios usaram contra a população civil e militares em Aleppo podem ter sido produzidas pelos grupos militantes ou fornecidas de fora. É pouco provável que elas tenham vindo das forças governamentais, já que o governo sírio tinha destruído todos seus estoques, asseguram os peritos.

Os militantes da Síria e do vizinho Iraque são há muito tempo suspeitos de produzir armas químicas usando substâncias tóxicas simples e abertamente disponíveis.

“Estas armas não são capazes de provocar danos graves. É por isso que elas não têm valor no sentido militar e estratégico. As armas químicas visam, em primeiro lugar, a destruição maciça de combatentes inimigos. O Exército Árabe da Síria, por exemplo, tinha armazenado armas recheadas com gás mostarda, sarin, tabun e outros compostos químicos”, comunicou o canal de TV russo RT.

Ao contrário destas substâncias complexas, cloro é o agente tóxico mais simples. É por isso que ataques químicos com cloro são uma ‘marca comercial’ dos militantes.

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O vice-almirante aposentado Tengiz Borisov comunicou aos jornalistas que os militantes poderiam ter recolhido cloro das estações de tratamento de águas. Ele também apontou que grupos rebeldes armados poderiam ter tido acesso a estoques do Exército Árabe da Síria, inclusive a gás mostarda e sarin, que tinham sido produzidos antes de Damasco aderir à Convenção sobre Armas Químicas da ONU.

"A Rússia pode entregar à Organização para a Proibição de Armas Químicas todas as evidências necessárias. Entretanto, é muito pouco provável que os peritos sejam capazes de determinar que grupo em concreto usou estas armas químicas [em Aleppo]. Há centenas de milícias armadas na Síria. Elas trocam armas entre si e ao mesmo tempo combatem umas contra as outras.  É quase impossível determinar quem é que produziu as armas descobertas pelas tropas russas de Defesa Radiológica, Química e Biológica e a quem elas foram entregues, além de muitos outros pormenores”, disse.

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No início desta semana, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, maior-general Igor Konashenkov, comunicou que as tropas russas de Defesa Radiológica, Química e Biológica tinham encontrado munições não detonadas com agentes químicos e recolheram amostras de solos na área dos ataques, efetuando depois uma breve análise.

Mais cedo, foi comunicado que as armas químicas encontradas em Aleppo poderiam ter sido importadas. O perito militar russo Igor Nikulin compartilhou esta opinião, especialmente no que se trata de fósforo branco, dizendo que “os serviços de inteligência dos nossos chamados parceiros estão provavelmente bem cientes” destas entregas.

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