As armas químicas que os rebeldes sírios usaram contra a população civil e militares em Aleppo podem ter sido produzidas pelos grupos militantes ou fornecidas de fora. É pouco provável que elas tenham vindo das forças governamentais, já que o governo sírio tinha destruído todos seus estoques, asseguram os peritos.
Os militantes da Síria e do vizinho Iraque são há muito tempo suspeitos de produzir armas químicas usando substâncias tóxicas simples e abertamente disponíveis.
“Estas armas não são capazes de provocar danos graves. É por isso que elas não têm valor no sentido militar e estratégico. As armas químicas visam, em primeiro lugar, a destruição maciça de combatentes inimigos. O Exército Árabe da Síria, por exemplo, tinha armazenado armas recheadas com gás mostarda, sarin, tabun e outros compostos químicos”, comunicou o canal de TV russo RT.
Ao contrário destas substâncias complexas, cloro é o agente tóxico mais simples. É por isso que ataques químicos com cloro são uma ‘marca comercial’ dos militantes.
"A Rússia pode entregar à Organização para a Proibição de Armas Químicas todas as evidências necessárias. Entretanto, é muito pouco provável que os peritos sejam capazes de determinar que grupo em concreto usou estas armas químicas [em Aleppo]. Há centenas de milícias armadas na Síria. Elas trocam armas entre si e ao mesmo tempo combatem umas contra as outras. É quase impossível determinar quem é que produziu as armas descobertas pelas tropas russas de Defesa Radiológica, Química e Biológica e a quem elas foram entregues, além de muitos outros pormenores”, disse.
Mais cedo, foi comunicado que as armas químicas encontradas em Aleppo poderiam ter sido importadas. O perito militar russo Igor Nikulin compartilhou esta opinião, especialmente no que se trata de fósforo branco, dizendo que “os serviços de inteligência dos nossos chamados parceiros estão provavelmente bem cientes” destas entregas.