The New York Times escreve que o solo sob os pés do Ocidente já estava pouco firme ainda antes eleições, mas Trump é um "novo risco sistémico e estratégico" para a Europa.
"Os EUA escolheram um demagogo que parece ter tendências autoritárias e cujas iniciativas, se elas forem cumpridas, terão efeitos enormes e desastrosos de Lisboa a Kiev", afirma o jornal.
"Se Trump realizar sua política isolacionista, tal como ele prometeu, isto significará o fim do papel dos EUA como ‘gendarme mundial'", afirma o artigo.
"O conceito de Ocidente será mais estreito, vai perder seus contornos e conteúdo. O Ocidente de que o mundo costuma falar desde Segunda Guerra Mundial não existirá mais", escreveu o autor do artigo.
Deutsche Welle, por sua vez, citou um ex-embaixador dos EUA na Alemanha, que adverte que, após a tomada de posse por Trump, os europeus terão de assumir mais responsabilidades.
"O guarda-chuva americano sobre a Europa se está fechando para sempre… Trump marca o fim da era do pós-guerra", afirma o artigo.
Em seu material, a edição britânica Daily Telegraph também destaca que o compromisso dos Estados Unidos de defesa da Europa contra ataques de fora está posto em questão após a eleição do Trump.
Os autores do artigo no The Guardian afirmam que a vitória de Trump torna felizes os autocratas e demagogos de todo o mundo, bem como aqueles que "tentam destruir a ordem mundial, em que o papel principal é dos EUA".