Mansour, um diplomata educado nos EUA, enfatizou que a possível transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém – que é parcialmente ocupada pelos israelenses – seria considerada um ato beligerante contra a Palestina.
"Se fizerem isso, ninguém deve nos culpar por fazer uso de todas as armas que temos na ONU para nos defender, e nós temos muitas armas na ONU", disse ele.
O enviado palestino afirmou ainda que "pode tornar sua vida [dos Estados Unidos] miserável todos os dias com a precipitação de um veto sobre minha admissão [da Palestina] como um Estado membro", mas reconheceu que apelar ao Conselho de Segurança da ONU seria uma opção improvável devido ao direito de veto de Washington.
As administrações anteriores da Casa Branca nunca favoreceram o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, mas o resultado das últimas eleições norte-americanas estimulou as especulações de que as coisas podem mudar dramaticamente a partir do ano que vem.
No meio de sua campanha eleitoral em setembro, Trump disse que Jerusalém tem sido "a eterna capital do povo judeu por mais de 3.000 anos", prometendo aceitá-la "como a capital indivisa do Estado de Israel" se fosse eleito.
Neste domingo, porém, Trump disse ao New York Times que está determinado a chegar a um "acordo final" no conflito entre israelenses e palestinos "pelo bem da humanidade". No entanto, sua equipe deixou claro que a oposição aos assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada não será mais uma prioridade da Casa Branca.
Jason Greenblatt, diretor jurídico de Trump e alto executivo das Organizações Trump, também disse à Rádio do Exército de Israel que, nos próximos anos, "haveria uma ruptura radical em relação à posição norte-americana de longa data de que as construções israelenses nas áreas capturadas na Guerra dos Seis Dias de 1967 tornavam mais difícil chegar a um acordo de paz com os palestinos".