“Estamos começando a substituir o governo aberto pelo claro autoritarismo”, afirmou Snowden, ao discursar durante uma teleconferência na universidade de Buenos Aires. “Se o governo vem conquistando a nossa confiança, porque nos devemos apoiar as suas ações durante muitos anos seguidos… o que acontecerá quando algo mudar?”, perguntou Snowden de forma retórica.
“É o que estamos enfrentando hoje nos EUA”, disse o ex-analista da inteligência norte-americana, ao comentar os resultados das eleições presidenciais.
Quando Snowden foi perguntado se as chances de sua anistia no caso da vitória de Trump ficaram mais reais, ele respondeu — “quem sabe?”.
Em junho de 2013, Edward Snowden encaminhou aos jornais Washington Post e The Guardian uma série de materiais confidenciais sobre os programas de vigilância na Internet dos EUA e os serviços secretos do Reino Unido. Segundo estes dados, os serviços secretos norte-americanos, além de realizar escutas de potenciais terroristas e criminosos, também espionaram os dirigentes de diversos países.
Ainda em 2013, Rússia ofereceu asilo temporário ao Snowden. Em agosto de 2014, as autoridades renovaram sua permissão para ficar no país por mais três anos e concederam ao ex-agente da NSA um visto de residência que permite seu deslocamento pelo país, viagens ao exterior e opção pela nacionalidade russa após cinco anos.