Ex-chefe da OTAN qualifica como 'tigre de papel' a ideia de criar Exército da UE (VÍDEO)

© AP Photo / Virginia MayoAnders Fogh Rasmussen, ex-secretário-geral da OTAN
Anders Fogh Rasmussen, ex-secretário-geral da OTAN - Sputnik Brasil
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O ex-chefe da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, apoiou Donald Trump com relação ao pedido feito por ele para que a Europa justifique sua presença na Aliança Atlântica, mas criticou o plano do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, sobre criação do Exército europeu que, segundo ele, servirá como "tigre de papel".

Os chanceleres estrangeiros que estão reunidos em Bruxelas nesta segunda-feira (14) continuam abalados com o resultado das presidenciais nos EUA. O fato gerou grandes incertezas quanto às relações entre a UE e os EUA na área da política, economia e segurança.

Bandeiras da União Europeia próximo ao edifício da Comissão Europeia, Bruxelas - Sputnik Brasil
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A OTAN estava no centro da atenção durante a campanha eleitoral nos EUA. Trump pediu aos integrantes da OTAN para justificarem sua presença, caso contrário, os EUA não se comprometerão em prestar ajuda a qualquer estado-membro que venha a sofrer hostilidade.

Anteriormente Trump caracterizou a Aliança Atlântica como uma organização "obsoleta", reiterando que ele rejeita a ideia de os EUA se tornarem um "policial mundial".

Em 14 de novembro, Junker informou que a Europa tem que se reforçar:

"Essa verdade [eleição de Trump] é ainda maior para a nossa política de defesa. O Tratado de Lisboa permite aos países-membros desenvolver suas capacidades defensivas em forma de uma cooperação permanente organizada. Acho que está na hora de aproveitarmos essa oportunidade", destacou.

Porém, no mesmo dia, Rasmussen expressou opinião bem diferente em entrevista à BBC. Segundo ele, a discussão em torno do Exército europeu é apenas um espantalho:

"Acho que mais investimento europeu em capacidades defensivas é necessário no momento. Não precisamos de uma nova sede", destacou o ex-chefe da OTAN.

Em outubro Rasmussen informou à revista Politico:

"O que é questionado aqui é o papel dos EUA como potência global, se Trump for eleito presidente dos EUA, preocupo-me, pois isso significará o fim para a ordem global liderada pelos EUA."

Durante a cúpula da OTAN no País de Gales, em novembro de 2014, todos os integrantes da Aliança assinaram um acordo se comprometendo gastar dois por centro do PIB na área militar.

Ao mesmo tempo, o atual secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, escreveu ao jornal London Observer em 13 de novembro:

"Abandoná-la não seria uma opção, nem para a Europa, nem para os EUA."

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