"E é claro que nem nós, nem os chineses, nem os três países europeus (Reino Unido, França, Alemanha) concordaremos em romper o acordo sem uma razão", disse Rogov em coletiva de imprensa na agência de notícias Rossiya Segodnya. De acordo com ele, caso Trump queira romper o acordo, a sua decisão "será bem recebida pelo Congresso, mas dificultará as relações com a Europa e a Rússia. Vai ser difícil para Trump tomar tal decisão".
No entanto, de acordo com o especialista, seria importante a realização de um projeto de lei do Congresso que prolongue por 10 anos as sanções contra o Irã, que Obama prometeu vetar.
"A lei dele também é apoiada pelos democratas. A aprovação da lei é provável que aconteça. Neste caso, o acordo pode fracassar, pois há uma questão em jogo: por que o Irã deve manter as exigências deste acordo?", disse Rogov.
Além disso, segundo ele, as eleições serão realizadas em breve, tornando este problema relevante caso "Rouhani sofra derrota".
"Assim sendo, os Estados Unidos podem provocar o Irã, e Trump pode permitir esta situação. Tais táticas podem funcionar", disse o especialista.