Da Guerra Fria à paz fria
No início dos anos de 1990, a Rússia ocupou o lugar da antiga URSS e começou desenvolvendo suas relações com os EUA. Em junho de 1992, o presidente russo Boris Yeltsin visitou Washington e se encontrou com o presidente dos EUA George H. W. Bush. As partes acordaram desenvolver as relações econômicas e a Rússia recebeu uma ajuda financeira de 4,5 bilhões de dólares. Em 1993, os dois presidentes assinaram o Tratado de Redução de Armas Nucleares (START II). Entretanto, já em 1994, Yeltsin disse que a Guerra Fria foi substituída pela "paz fria". As declarações assinadas pelas partes não foram realizadas na prática, a Rússia não aceitou as concepções norte-americanas sobre sua liderança no mundo e apresentou a concepção de um mundo multipolar. Além disso, a situação na Chechênia, onde a Rússia lutava contra terroristas, foi considerada pelos EUA como inaceitável porque, na opinião deles, eram os separatistas que tinham direito à autodeterminação. O que contribuiu para tensões entre Moscou e Washington foi a expansão da OTAN ao leste (a Aliança integrou a República Tcheca, Polônia e Hungria) e a campanha militar da Aliança na Iugoslávia em 1999. A Rússia, superando os problemas que surgiam após o colapso da União Soviética e se adaptando à nova realidade, começou entretanto se manifestando cada vez mais como país que pode realizar uma política independente.
Da luta contra terrorismo à crise na Ossétia do Sul
Do 'reset' a um impasse na Síria
Agora todos esperam que a nova administração norte-americana permita um novo reset nas relações bilaterais. Há que notar que é bastante provável que um novo reset tenha realmente lugar, mas depois de algum tempo os dois países enfrentarão mais tensões porque há divergências sistemáticas que não podem ser ultrapassadas apenas graças a algumas mudanças da linha política sob novos governos.