Apesar de admitir que a oposição não vai ter votos suficientes para derrubar a PEC no Plenário, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) afirma que os senadores vão tentar junto ao Judiciário e também na sociedade a resistência necessária contra o limite dos gastos.
"A correlação de forças políticas aqui não é favorável para nós da oposição, mas vamos continuar lutando até o último momento, não só aqui no âmbito do Parlamento, mas também junto ao poder Judiciário e sobretudo nas ruas e na sociedade. Está crescendo e muito a mobilização social popular contra a PEC."
O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) destacou que os senadores a favor da PEC vêm respeitando todos os ritos de tramitação da proposta na Câmara e agora no Senado, sem se valerem de um calendário especial que poderia agilizar a votação. Ataídes descarta uma decisão do Supremo Tribunal Federal pela suspensão da análise da proposta. "Vamos supor que o Judiciário teve um orçamento de R$ 10 bilhões, em 2016. O Poder Judiciário em 2017, portanto, terá os R$ 10 bilhões e mais a correção da inflação. Nós só estamos equilibrando essas contas. Se o Poder Judiciário quiser gastar mais é um problema dele. Ele vai ter que tirar de uma área dele para colocar em outra."
O mandado de segurança da oposição no Supremo Tribunal Federal pede o arquivamento da proposta, que está prevista para ser votada em primeiro turno no dia 29 de novembro.
O relator do mandado de segurança é o ministro Luís Barroso, que ainda não tem um prazo certo para se manifestar.