Na primeira visita desde a Revolução Islâmica de um ministro da Defesa da China à Teerã, o encontro histórico entre o ministro chinês Chang Wanquan e o seu homólogo iraniano, Hossein Dehghan, foi marcado por um acordo de cooperação militar e trocas de experiência na luta contra o terrorismo.
Tendo em vista que o exército da China é um dos maiores do mundo (2,3 bilhões de pessoas), enquanto o Irã tem grande experiência na luta contra o terrorismo e realiza uma luta sem precedentes contra este flagelo dentro das suas fronteiras e na frente sírio-iraquiana, vale a pena esperar maiores perspectivas de colaboração militar entre Pequim e Teerã, em particular na luta contra o terrorismo na Síria?
“A China, tendo em conta os desdobramentos no cenário internacional assume uma postura pró-ativa na luta contra o terrorismo. Mas essa atividade é limitada ao papel construtivo desempenhado pela China na ONU, bem como no apoio aos países que estão na linha de frente da luta contra os terroristas”, disse.
Segundo ele, esse apoio não inclui a colaboração dos militares, tendo um caráter exclusivamente político.
“Acredito que essa posição da China será mantida em diante. Por isso, as perspectivas de uma participação prática da China na luta contra o Daesh [Estado Islâmico, proibido na Rússia] na Síria ainda não são grandes”.
"Deve ser lembrado que, no passado, em diferentes períodos do Irã e da China sempre houve uma parceria muito boa, inclusive na esfera militar. Mas eu acho que, com o início do Plano de Ação Conjunto Global a comprovação da natureza pacífica do programa nuclear iraniano, foi aberta uma nova página para o desenvolvimento e fortalecimento da cooperação iraniana-chinesa na esfera da segurança. Naturalmente, espera-se que a cooperação militar entre Irã e China só aumente se desenvolva".