Nesta segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu investigação sobre o comportamento de Geddel Vieira Lima.
Marcelo Calero denunciou que pediu demissão da pasta da Cultura, porque estava sofrendo pressão do ministro Geddel Vieira Lima, para liberar a obra, que foi suspensa pelo IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
De acordo com o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence, a oposição quer saber se o ministro usou o cargo para tirar vantagem em benefício próprio e se usou sua função para defender interesses de terceiros.
"O problema é o uso da administração pública para interesses privados, pessoais e a pressão política. São fatos que devem ser investigados e é mais um ministro do governo Temer."
Já o líder do governo na Câmara, deputado André Moura, do PSC, disse que o assunto já está superado e não vai atrapalhar a tramitação das medidas na Casa. "Essa questão, é uma questão superada, mesmo porque o ministro Geddel já deu todas as explicações cabíveis e necessárias. Recebeu durante todos esses dias a solidariedade de inúmeros e centenas de parlamentares que compõe a nossa base."
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia também demonstrou apoio ao ministro Geddel, afirmando que as explicações do ministro foram suficientes.
"É claro que o tráfico de influência não é bom. Eu sei que não aconteceu. O Geddel já explicou. Até porque o parecer indeferido (do ministério da Cultura) não foi refeito. A decisão foi respeitada. Continuamos contando com o ministro Geddel para aprovar matérias de interesse do governo que são importantes para o país”.
O ministro Geddel reconhece que tratou sobre o tema com o ex-ministro da Cultura, mas negou que o tenha pressionado para que autorizasse a obra.