O indicador, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 22, reúne a taxa de desocupação, a de insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial. Por insuficiência de horas trabalhadas, os técnicos do IBGE explicam que ela consiste em uma jornada inferior a 40 horas semanais. Só este item respondeu por 16,5% no terceiro trimestre, o equivalente a 4,8 milhões de trabalhadores subocupados. No segundo trimestre desse ano, a taxa era de 16% e no terceiro trimestre de 2015, de 14,4%.
Ainda segundo a pesquisa, os maiores índices de subocupação foram registrados no Nordeste, que respondeu por 31,4%, e os menores na Região Sul (13,2%). No Nordeste, Bahia (34,1%), Piaui (32,6%) e Maranhão e Sergipe (empatados com 31,9%) registraram as taxas mais elevadas.
Por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação, a Região Nordeste também liderou no terceiro trimestre, atingindo 22,9%. Bahia (26,2%), Sergipe (23,7%) e Piaui e Paraíba (ambos com 22,9%) foram os estados mais afetados. As menores taxas foram verificadas em Santa Catarina (8%), Mato Grosso (10,6%) e Paraná (11,4%).
Segundo o IBGE, os dados revelam ainda outros números preocupantes. Cerca de 35% das pessoas em idade de trabalhar que estavam fora do mercado no terceiro trimestre eram idosas (com 60 anos ou mais), e as mulheres respondiam por uma parcela de 65,5%. Em relação ao nível de educação, mais da metade desse contingente (54%) não tinha concluído o ensino fundamental e pouco mais de um quarto (25,8%) tinha concluído pelo menos o ensino médio.
Os adultos (entre 25 a 39 anos), conforme o levantamento, respondiam por 35,2% da população desocupada, com as mulheres mais uma vez respondendo pelo maior percentual (50%). Por fim, em relação ao rendimento médio do país (R$ 2.015), apenas três regiões se situaram acima desse limite: Sudeste (R$ 2.325), Centro-Oeste (R$ 2.288) e Sul (R$ 2.207).