Sputnik apela à ONU e OSCE para pôr cobro às limitações da mídia russa na UE

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A resolução do Parlamento Europeu sobre restrições à mídia russa é uma violação direta da liberdade dos meios de comunicação e dos direitos humanos. É por isso que a agência Sputnik apela à União Europeia para que não permita a introdução de censura prévia, comunica a assessoria de imprensa da agência.

Nesta terça-feira (23), o Parlamento Europeu aprovou a resolução "As comunicações estratégicas da UE como resistência à propaganda de terceiros".

Ministério das Relações Exteriores da Rússia - Sputnik Brasil
Chancelaria russa chama projeto de resolução da UE sobre mídia russa de 'discriminação'
O documento diz que a Rússia alegadamente estará prestando apoio financeiro a partidos políticos e organizações de oposição nos países membros da EU e se aproveita das relações intergovernamentais entre vários países visando dividir a União.

Entre as principais ameaças mediáticas à União Europeia e aos seus aliados na Europa do Leste, o documento cita a agência Sputnik, o canal de televisão RT, a fundação Russki Mir (Mundo Russo) e a agência federal Rossotrudnichestvo, dependente do Ministério das Relações Exteriores russo.

A resolução contém várias acusações injustificadas, como por exemplo a comparação da atividade de agências como a Sputnik às ações do agrupamento terrorista Daesh.

"A Sputnik apelou à UE para não aceitar a introdução da censura prévia. A resolução da UE é uma violação direta da liberdade dos meios de comunicação e dos direitos humanos. Tomando isto em conta, nos dirigimos a uma série de organizações europeias e norte-americanas, tais como a ONU, UNESCO, OSCE, Repórteres sem Fronteiras e muitos mais grupos mediáticos e sindicatos com o apelo para manifestarem sua solidariedade e se oporem a esta discriminação e censura gritantes. Nós apelamos à comunidade mediática internacional, que inclui a Sputnik em pé de igualdade, a se juntar a nós para expressar sua opinião quanto a este assunto e proteger os valores da liberdade e da democracia", diz o comunicado da Sputnik, divulgado nesta terça-feira (23).

Comentando a comparação da atividade da Sputnik com a do Daesh, o deputado francês do Parlamento Europeu Jean-Luc Schaffhauser, membro do grupo político francês Europa das Nações e das Liberdades (Europe des Nations et des Libertés) disse o seguinte:

“O autor da resolução devia ter vergonha de comparar a Rússia com o Daesh. A primeira é um Estado de direito enquanto o outro é uma organização terrorista. Eles não tem absolutamente nada em comum.”

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