Burundi faz piada com acusação de genocídio

© REUTERS / Goran Tomasevic Um participante da manifestação contra o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, em Bujumbura, 22 de maio de 2015.
Um participante da manifestação contra o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, em Bujumbura, 22 de maio de 2015. - Sputnik Brasil
Nos siga no
País enfrenta crise de violência desde o ano passado, quando o presidente Pierre Nkurunziza desafiou a Constituição e concorreu ao cargo pela terceira vez consecutiva.

Usando a hashtag #ThisIsMyGenocide (Este é Meu Genocídio), o porta-voz do governo do Burundi, Willy Nyamitwe, lançou hoje uma campanha através do Twitter para fazer piada sobre as denúncias que acusam o governo de crimes contra a humanidade.

Confrontos entre policiais e manifestantes em 13 de maio, durante protesto, em Bujumbura, contra a candidatura de Nkurunziza a um terceiro mandato - Sputnik Brasil
ONU aprova comissão especial para investigar violações dos direitos humanos no Burundi
A ação ocorre depois da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) divulgar um relatório em que alerta para a possibilidade de um genocídio contra os tutsi.

O país passa por uma forte crise de violência desde o ano passado presidente, Pierre Nkurunziza, concorreu a um terceiro mandato, o que é proibido pela Constituição burundinesa.

Desde então, mais de mil foram assassinadas, 8 mil foram feitos prisioneiros políticos, milhares de detenções arbitrárias foram realizadas, entre 300 e 800 desaparecem e mais de 310 mil pessoas empurradas ao exílio, segundo dados da ONU.

Na semana passada, a FIDH apresentou, sob a hashtag #StopThisMovie (Paremos este filme), um trailer fictício do filme inexistente "Genocídio no Burundi".

​Em resposta, Nyamitwe disse:

"Nós desfrutamos da paz, da alegria de viver em harmonia, hutu, tutsi e twa, apesar de a FIDH querer nos dividir", escreveu nesta quinta-feira o porta-voz em sua conta da rede social, onde publicou fotos com gatos, brincando ou dançando para mostrar a aparente normalidade na qual vive seu país".

O Tribunal Penal Internacional abriu um inquérito para apurar a responsabilidade de Nkurunziza, que reagiu proibindo a entrada dos investigadores da ONU e anunciou sua retirada do marco jurisdicional de Haia.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала