Segundo disse á Sputnik China o especialista militar russo Vasily Kashin, o volume anual da cooperação técnico-militar russo-chinesa, em termos nominais, excedeu os níveis recorde dos anos de 1990-início de 2000. Mesmo considerando a inflação, se pode dizer que os fornecimentos russos de produtos e serviços militares à China estão de volta aos "bons velhos tempos". Ao mesmo tempo, a dependência da Rússia do mercado de armas chinês agora é menor do que há 15 anos, e a cooperação técnica militar russo-chinesa é muito mais variada e mais profunda do que nunca.
"No campo da cooperação técnico-militar, obtivemos sérios sucessos. Chegamos ao nível dos cerca de três bilhões de dólares em contratos anuais de uma diferentes orientações. Mas todos eles estão sendo executados, em diferentes graus, no âmbito de uma cooperação técnico-militar mutuamente benéfica", disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, durante uma reunião com o presidente do Comitê Nacional do Conselho Consultivo Político Popular da China, Yu Zhengsheng.
Nos anos 1990-2000 a China era um mercado importante para as armas russas. Em alguns anos sua participação nos fornecimentos poderia se aproximar dos 50%. Hoje, a China é responsável dificilmente supera os 20% das exportações militares russas. Ao mesmo tempo, se no passado a indústria de defesa russa era dependente da exportação de armas, agora essa fonte de renda está para ela em terceiro lugar, depois dos fornecimentos ao seu próprio exército e da produção de bens civis.
Tais formas de cooperação têm grandes vantagens quando comparadas com os fornecimentos do tipo dos anos de 1990. Entre as empresas russas e chinesas está sendo definido um nível mais elevado de interação e interdependência. Peritos industriais dos dois países têm a oportunidade de conhecer melhor uns aos outros. Isto dá esperança de uma maior expansão da cooperação com a seu alastramento às indústrias civis.