Rússia exige reação adequada da OSCE frente à resolução contra mídia russa

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Enviado da Rússia na OSCE afirmou nesta quinta-feira que resolução do Parlamento Europeu discriminando mídia russa viola as normas europeias e internacionais.

O representante permanente da Rússia na OSCE, Aleksander Lukashevich, declarou que a política de duplos padrões em relação à liberdade de expressão é uma norma de comportamento do Ocidente há muito tempo.  

Margarita Simonyan, editora-chefe da agência Sputnik - Sputnik Brasil
'Resolução do Parlamento Europeu visa pôr fim à atividade de mídias conceituadas na UE'
"Em geral os duplos padrões, em particular em relação à liberdade de expressão, se tornaram uma norma para o Ocidente. Muitos países da União Europeia, e os Estados que buscam ingressar no bloco, apesar das garantias de compromisso com a liberdade de expressão, já há muito tempo não hesitam em adotar abertamente medidas repressivas contra jornalistas e mídias russas", disse o diplomata.   

Ele lembrou que a missão russa tem repetidamente chamado a atenção do Conselho Permanente e do representante da OSCE para a Liberdade de Imprensa nestes casos.

"Parlamentares da União Europeia deveriam cuidar primeiro de todos esses problemas, se eles realmente levantam-se para a observância dos direitos e liberdades humanas, independentemente de suas preferências políticas", disse Lukashevich.

"Exigimos que a representante da OSCE para a liberdade de expressão, Sra. Dunja Mijatovic, responda adequadamente à resolução do Parlamento Europeu, já que se trata de um exemplo evidente de uma intenção de restringir esta liberdade", frisou o enviado russo.  

Em 23 de novembro de 2016, o Parlamento Europeu aprovou o projeto de uma resolução cujo título é "Formas de comunicações estratégicas da União Europeia como contramedidas para conter a propaganda de terceiros países". O documento teve 691 votos positivos, 179 negativos e 208 abstenções. A autora do documento, a polonesa Anna Elzbieta Fotyga, insiste no texto que a Rússia usa agências de notícias e canais de televisão, como a Sputnik e o RT, para semear propaganda contra a União Europeia. A resolução compara a atividade destas empresas midiáticas com a do grupo terrorista Daesh, que atua no Oriente Médio desde 2011.


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