Várias publicações consideraram este passo como um ato pouco apropriado neste momento concreto, por causa da visita de Putin ao Japão, marcada para dezembro próximo. Entretanto, segundo Vasily Kashin, do Centro da Análise de Estratégias e Tecnologias, "este é um processo planejado que não permite diminuir o potencial das tropas nas ilhas. O Japão já por muito tempo não é considerado pela Rússia como um inimigo potencial. Além disso, agora se observa uma tendência positiva nas relações com o Japão. Entretanto, as Ilhas Curilas do sul são um território disputado, o que significa que os destacamentos militares permanecem. Está sendo instalado equipamento de nova geração em todos os destacamentos das Curilas do sul".
"Agora ali se observa uma corrida armamentista, crescem as tensões, agravam-se muitas disputas bilaterais, inclusive as territoriais. Os testes nucleares realizados pela Coreia do Norte servem de pretexto para reforçar a cooperação militar no triângulo EUA-Coreia do Sul-Japão. Já há rumores de que, além da Coreia do Sul, os norte-americanos podem instalar sistemas de mísseis THAAD no território japonês. Estes planos norte-americanos são a razão principal que leva a Rússia a reforçar o seu potencial de defesa no Extremo Oriente", disse à Sputnik Japão.
"A instalação dos sistemas de mísseis se enquadra na estratégia de reequipamento do exército russo e de reforço do seu potencial de defesa. <…> Os mísseis referidos são de caráter defensivo. Não podem ser considerados como ofensivos", disse, acrescentando que a implantação significa que a Rússia quer reforçar a sua soberania, mas isso não significa que os dois países, a Rússia o Japão, não podem manter o diálogo.
Ao mesmo tempo, Putin disse que a ausência do acordo de paz é uma coisa do passado que impede ambos os países de avançar.