"Em resposta às ações agressivas da OTAN, às tentativas de envolver na sua órbita cada vez mais países novos, da parte da Rússia haverá uma resposta dura e inequívoca. Direcionaremos as nossas armas, inclusive as atômicas, contra quaisquer objetivos ameaçadores da Aliança onde quer que estejam instalados", disse o senador.
Mais tarde, ele esclareceu sua posição em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik. Ele afirmou que a OTAN começou instalando sistemas de funções duplas que além de mísseis antimíssil podem lançar mísseis de cruzeiro de grande alcance Tomahawk.
"É uma grande ameaça para nós. Além disso, há a última declaração grosseira do secretário-geral da OTAN [Jens Stoltenberg] sobre o reforço das forças da Aliança do estilo 'obrigaremos a Rússia de pensar de modo diferente'. Não obrigarão. Não a colocarão de joelhos. A Rússia tem como se proteger. A Rússia tem armamentos, inclusive nucleares", disse ele, acrescentando que a Rússia reagirá em conformidade com a situação e com os planos concretos da OTAN.
"Os nossos legisladores, sem dúvida, têm direito à sua visão, reagem de forma viva aos desenvolvimentos internacionais, bem como à expansão da infraestrutura da OTAN em direção às fronteiras russas. Por isso, tal posição é compreensível, mas quero sublinhar que os nossos legisladores, segundo a Constituição, não determinam a política externa da Rússia, ela é determinada pelo presidente da Rússia", disse.
Entretanto, Peskov afirmou na terça-feira (22) que a Rússia fará tudo para se proteger considerando a expansão da OTAN em sua direção.